Augusto dos Anjos, o poeta do "Eu", escreveu poemas que chocaram seus contemporâneos. Em "Versos Íntimos", o verso mais suave é "A mão que afaga é a mesma que apedreja". Alex Polari de Alverga contou o horror que viveu nos porões da ditadura em forma de poesia em "Inventário de Cicatrizes". Já o advogado e escritor Luiz Jardim, em suas "orações", traça a hierarquia da corrupção no país e mostra o modus operandi de seus protagonistas. Escolhi "A Oração do Governador" como a mais contundente, mas todas desnudam o processo de dilapidação do país.
Obra atualíssima.
Obviamente não se trata de uma obra didática que procura analisar esses termos sob a ótica científica, de modo a investigar suas origens, mas usá-los como ponto de partida de uma narrativa que os torne interessantes ao leitor.